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sábado, 30 de julho de 2011

Dilma e Kirchner querem 'blindar' economias: brasileira e argentina









Em duas horas de encontros na manhã desta sexta-feira (29), as presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, centraram suas discussões nas formas de blindar os dois países e a região das consequências do aprofundamento da crise econômica mundial.

Dilma, que segundo assessores passou os últimos dias discutindo os possíveis reflexos no Brasil da crise dos EUA, e a possibilidade de um calote do país em investidores, chegou a dizer nesta manhã que problemas bilaterais, como as barreiras comerciais, "são de pouca monta" e estão sendo resolvidos.

"Problemas que surgem aqui e ali e que estão se resolvendo são de pouca monta", afirmou Dilma.

Na declaração à imprensa, as duas ressaltaram preocupações diferentes com os reflexos para a região. Dilma citou a "avalanche de produtos manufaturados" que, "ao não achar mercado nos países desenvolvidos", pode recair sobre a América do Sul. Já Cristina falou do "ingresso de capitais especulativos as nossas moedas".

As duas presidentes criaram nesta sexta-feira o Conselho Empresarial Brasil-Argentina. Esse fórum tem entre os seus objetivos, resolver a questão das barreiras comerciais que foram impostas pelos dois países desde o inicio do ano sem a interferência dos governos centrais.

Os setores mais prejudicados pelo problema foram o têxtil e de baterias, no caso do Brasil. Na Argentina, a maior prejudicada foi a indústria automobilística.

Esse problema ocorreu porque a Argentina adotou uma política de demorar até 60 dias para analisar os produtos brasileiros que são comprados pelos argentinos. Essa medida é chamada de licenciamento não automático.

Essa prática é considerada legal pelas regras de comércio internacional, porém, os argentinos têm demorado mais de 60 dias para liberar a entrada dos produtos brasileiros. Os setores de calçado, têxtil e baterias são os mais afetados pelas medidas argentinas.

Em seu discurso, Dilma fez um gesto ao reconhecer a soberania das Ilhas Malvinas como argentinas. A área é controlada pelo Reino Unido.

Já Cristina brincou com o futebol, dizendo que se os dois países não tivessem sido eliminados da Copa América, o encontro entre ela e Dilma seria "impossível".

Ela reconheceu ainda o Brasil como principal sócio comercial e político da Argentina e citou a importância econômica de programas de inclusão social, como o Brasil Sem Miséria, bandeira de Dilma. "Superar a desigualdade é um compromisso econômico. Precisamos de mais e melhores consumidores", disse.

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